Com a nova escalação e a mudança tática, o time enfim se acertou
Lucas Alvares
No Brasil que empatou com África do Sul e Iraque em um par de insossos 0 x 0, não existia cabeça de área de ofício e Gabriel Jesus, a transpirar insegurança, era o responsável por vir buscar a bola no meio campo. Com Neymar e Gabriel desleixados, a seleção ficou travada entre as linhas adversárias.
Rogério Micale enxergou a solução correta para a partida contra a Dinamarca: sacar Thiago Maia, suspenso, utilizar um marcador de mais pegada, Walace, volante do Grêmio, e barrar o pouco participativo Felipe Anderson para a entrada de mais um atacante de lado de campo, o também gremista Luan.
Deu certo. Com muita movimentação e as “dobras” afiadas nas costas dos laterais dinamarqueses, o Brasil esgarçou a defesa nórdica como se rasgasse um pedaço de papel. Luan e Gabriel, inspiradíssimos, trocavam de posição com Neymar e Gabriel Jesus e confundiam a marcação adversária. O 4×0 consistente mostrou uma seleção mais aguerrida e consciente do dever de melhor elenco de uma competição de baixo nível técnico.
Para a próxima partida, contra a Colômbia, bem mais qualificada, é provável que Micale abra mão de um dos quatro atacantes, provavelmente Gabriel Jesus. A equipe colombiana tem valores de sobra, especialmente os atacantes Borja e Teofilo Gutierrez, e será um bom teste para o Brasil, que se passar deverá ter vida fácil na semifinal contra Coréia do Sul ou Honduras.
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